Olá Fisioterapeutas Empreendedores, este tema já foi abordado algumas vezes em 2017, tanto aqui no site quanto em transmissões ao vivo pelo facebook. Volto a escrever sobre ele pois ainda encontro muitos Fisioterapeutas sem a devida orientação, e, na maioria das vezes, sem se preocupar com as mudanças que ocorrerão a partir de 2018.
Houve, em outubro de 2016, uma mudança na lei do Simples, já sancionada pelo presidente (LC 155/2016). Umas das principais mudanças que pode afetar a Fisioterapia é a exigência de ter no mínimo 28% de gastos com folha de pagamento em relação ao faturamento da empresa. Quem não cumprir esta exigência será tributado pelo anexo V, que encarece bem a tributação. Por exemplo, empresas que faturam até R$ 180.000,00 por ano (média de R$ 15000,00 por mês) passa dos atuais 6% de imposto para 15,50%, quase 10% de aumento na carga tributária.
Para calcular esta razão dos 28% entre folha e faturamento, a partir de janeiro de 2018, serão levados em conta os últimos 12 (doze) meses, ou seja, desde janeiro de 2017 os meses contarão para este cálculo quando começar a valer a nova lei.
Após estas explicações iniciais fica mais fácil entender a figura que ilustra este artigo. Já passaram 7 meses em 2017, e muitos ainda não estão ajustando as contas para se adequar ao novo Simples. Faltam apenas 5 meses para encerrar o ano. Façam as contas, procurem o contador de sua confiança e veja qual a melhor alternativa para sua empresa.
Já realizamos diversas simulações com diversos clientes de consultoria, e, em todos, o melhor caminho foi ajustar a folha de pagamento para permanecer no anexo 3 do Simples e evitar este aumento importante da tributação. Aquelas empresas que não tem funcionários, apenas sócios, podem ajustar elevando o pró-labore contábil dos sócios. Mesmo com o aumento no recolhimento de INSS e até mesmo a incidência de IRPF neste pró-labore, pode ser mais vantajoso que o aumento de quase 10% na tributação, no caso de não cumprir a exigência dos 28%.
Ainda dá tempo para ajustes. Façam os cálculos e tomem decisões.
Sucesso e Bons Negócios!
Por: Bernardo Chalfun
Graduado em Fisioterapia pela Universidade Federal de Minas Gerais, pós-graduado em Gestão de Negócios pelo IBMEC e mestre em Administração pela FEAD.
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